quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

MELANCOLIA


As vezes viajo,
Sonhos, delírios...
Vejo, imagino.

Encontro, reencontro,
Concertos, conserto...
As notas da vida.

Enfim, invento,
Caminhos inusitados...
Rimo destinos.

Alinho em desatinos,
Reescrevo começos
E belos finais.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

PRIMEIRA CARTA


Meu amor

Não me recrimine por chamar-te assim. Você nem sabe o que é amor para mim, conceitos, filosofias, teorias...

Esse é nosso mundo ,******! Um reinado onde tentamos definir, conceituar, entender.

Venho aqui para declarar meu amor por você. Esse que sublimei na arte que nada vale, mas vale tudo que senti, sonhei, viajei, delirei.

Criatividade vinda da pobreza de dinheiro e da riqueza de experiências. Pobreza que roubou minha auto-estima e reforçou meu orgulho. Paradoxos!

Meus poemas resumem tudo que sinto, nada preciso explicar.

Continuo aqui como amiga, se um dia precisar eu estarei aqui.

Meu irmão, gostaria de contigo ler todas as poesias do mundo, ouvir todas as peças musicais, assistir todas as peças de teatros, rir por toda a vida de todas as comédias assistidas

Acreditei, acreditei, continuo acreditando

Às vezes gostaria de compreender o dito: “você não precisa se preocupar”. Mas não ouso mais perguntar, na minha, sigo minha história.

Não se preocupe, não te abordo mais, nem pessoal, nem virtualmente.

Não é porque você é mistério, mas sim porque parece integro, sincero e sensível que me apaixonei.

Seguirei meu caminho, sempre te desejando o bem.

Fisicamente há distância e há ausência, mas em energia, em pensamento, em espírito estarei sempre por perto torcendo por ti, vibrando boas energias te desejando tudo de bom

Eu te amo!

Cássia , 05/12/2007

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

SÍNDROME TRISTE


Através do amor
Percebi a dor
Que habita em ti
Essa mesma dor
Eu passei sentir
Sem saber porque

Observei
Pelo teu olhar
Pus -me a penetrar
Em ti mergulhei
Profundamente
A principio
Tão intensamente
Que esqueci de mim

Neste mergulhar
Percebi seu esconder
Disfarçar a dor
De forte se fazer
querer ser
seu vencedor

Cansada e vencida
li o seu cansaço
Seu sorriso ralo
colapso
Sinto minha vida!
Você não me quis
Nem posso tentar
Te fazer feliz

Estais perguntando
Se adivinhei
De coração chorando
Te direi:
A síndrome?
Sim eu sei!
Que te assola a alma

Sinto...,
Pelo teu sentir
Sem razão de ser.
A ostra perene
De lama envolta
Opaca e rude
No escuro esconde
Aquela que clamo
Para ser feliz.
Para! respira fundo
Pois ela reluz

MEMÓRIA II


MEMÓRIAS

As da infância esquecidas
Não lembro bem
Recalcadas, retorcidas
Vão além, muito além
Da vida.

Recônditas, comandam almas
Iminentes, invocadas
Surgem embaraçadas
Por um olhar, um sentir
Um tocar, um ouvir

No ínfimo instante
Eu te reconheço em mim
Vital, natural,
Gravado para a eternidade
Transcende o agora

E vem do longínquo,
Pretérito
E transmigra, companheiro
Mas tu não me reconheces
Não lembras, não sabes.

A pedra, a árvore e o animal
O elemental, e tanta gente,
Fostes e é o tesouro que é:
Memória, Memória

De nada vale se me olha
E não me vê
Sei que tenta
Que me procura
No fundo de meus olhos
Além da alma

Mas não me vês .
De que vale tanta visão,
Tanto saber,
E o amor,
Se não houver
Memória?

Príncipe


Não se faz necessário beijar
Por vezes nem ao menos tocar
Mas ao príncipe foi dado o poder
De acender, ressuscitar.
Não princesas, mas rainhas,
Quase bruxas talvez
Congeladas pela dor
Do tentar e não acontecer
Uma, duas, muitas vezes
E não é pelo que é em si
Mas pelo que representa
Promessa de hombridade
Ética, sinceridade
Disto que o mundo se faz carente
Que no homem está ausente
E em ti tão eminente reluz
Ilumina, acende a chama
Do sonhar, do par, final feliz
Resta tão pouco tempo
O príncipe permanece só
Neste lento caminhar
E eu no momento a sonhar,
Só, me pus a brilhar

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

O meu desejo é viver ao teu lado por toda a vida! Te amo gato.


ESPECIAL

Alguém especial pra mim
Que se desnuda e diz
Tem certeza que me queres:
Sou assim
Mas o que vejo...,não!
Não é isso que me pões.
Sim, certo que é com olhos de amor
Meio cegos de paixão
Mas mesmo que não fosse...
Meu olhar tem poder especial
De ver onde ninguém vê
O teu também quer ter esse poder
De querer ver além
De ler a alma
Meus olhos te lêem
E tendo te visto assim
Desnudo e frágil
Digo-te:
És lindo
Quero-te muito.
Assim como tu és
Forte o bastante pra se mostrar real.

FILOSOFANDO SOBRE A MEMÓRIA


MEMÓRIA

A memória é bem mais
Que as impressões de Freud
Um engano como o de Breuer
Um início. Um recomeço.

Como o sal de Freire
E todo o resto do tempero?
Onde é que está?
Na psique, No âtman?

Desde que a mônada
Esteve junto ao mineral
Vegetal, Animal, Elemental
Eis aqui no hominal!

Toda a memória
Não só da infância, esquecida
Mas também essa,
Além de que, as de outra vidas.

domingo, 27 de janeiro de 2008

Água


C..!!!...C..!!!...C..!!!...C..!!!...C
H..!!!...H..!!!...H..!!!...H..!!!...H
U..!!!...U..!!!...U..!!!...U..!!!...U
V..!!!...V..!!!...V..!!!...V..!!!...V
A..!!!...A..!!!...A..!!!...A..!!!...A
!...!...!...!...!...!...!..!...!...!...!...!
!...!...!...!...!...!...!..!...!...!...!...!
!...!...!...!...!...!...!..!...!...!...!...!.
...............Q
...............U
...............E
...............D
...............A
.................D’ÁGUA



CACH
........CH
.........CH
...........CH
..............CHOEIRA .



C
A
SSSSSSSSSS
...............C
...............A
...............T
...............A.
CATARATA
ON, ON, ON, ON,

.......N...................N.......................N............................
...O......D........O.........D..........O...........D.....................
................A......................A.........................A..............

ESSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSPUMA,
ESSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSPUMA.

Bruma, neblina, nuvem
Rio , riacho, ribeirão
Mar, marola , maresia
Sede, vida, criação.
gota d'agua, garoa
sereno, lago, lagoa
deserto, meu coração

Um dia o não





Faço coisas que nunca fiz
Em nome de um amor
Que nunca senti
Fantasio você em mim

Sonho tocar-te a fronte
Devaneio
Receio de um não
que já ouvi
e não doeu

Sonho acolher-te
em meu seio
contemplar-te
adormecer

delírios, desvairio
tocar-te os lábios
com os meus,
Meu sábio!

Minha utopia
psicanálise
filosofia
esse seu mundo
que também é meu

No seu castelo
Não sou rainha
Triste sina a minha
Aprendiz, me fiz

Comanda meu amo;
Me diz
Que foi que fiz
Não mereço ser feliz?