terça-feira, 29 de janeiro de 2008

MEMÓRIA II


MEMÓRIAS

As da infância esquecidas
Não lembro bem
Recalcadas, retorcidas
Vão além, muito além
Da vida.

Recônditas, comandam almas
Iminentes, invocadas
Surgem embaraçadas
Por um olhar, um sentir
Um tocar, um ouvir

No ínfimo instante
Eu te reconheço em mim
Vital, natural,
Gravado para a eternidade
Transcende o agora

E vem do longínquo,
Pretérito
E transmigra, companheiro
Mas tu não me reconheces
Não lembras, não sabes.

A pedra, a árvore e o animal
O elemental, e tanta gente,
Fostes e é o tesouro que é:
Memória, Memória

De nada vale se me olha
E não me vê
Sei que tenta
Que me procura
No fundo de meus olhos
Além da alma

Mas não me vês .
De que vale tanta visão,
Tanto saber,
E o amor,
Se não houver
Memória?

Um comentário:

Pablo disse...

hala te escribo desde jujuy argentina y asi como la poesia estan las imagenes que invitan a navegar internamente por eso te invito a que veas mi blog se llama "EN BUSCA DEL SER FRACTAL" AZNAIEL...BESOS